O Sonho do Pierrot
Milton Moura
(Professor do Departamento de Sociologia e Doutorando do Programa de
Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da UFBA)... é o sonho de todos nós. De cada um de nós. O pierrot passa o Carnaval apaixonado, cheio de desejo de encontrar a colombina. E na esperança de ser correspondido, imaginem. O pierrot é misteriosamente feliz. Não realiza o seu amor assim como quem faz ou não faz uma coisa. Jamais caberia num final de novela. Vive a busca inveterada de sua amada e segue cantando, pulando e rindo, perenizando o Carnaval. Às vezes, parece triste o pierrot; outras vezes, parece alegre. Vêem-se inclusive, por aí, umas estampas que o trazem rindo e chorando, com um sorriso sincero e uma lágrima também sincera, na mesma más-cara. O pierrot acredita no Carnaval como o palco de sua aventura. Por isso canta, pula, prossegue e espera, por isso renova a busca com outra canção.
Não há quem se mantenha neutro com relação a essas coisas do pierrot. Há quem diga que detesta, ou que não faz diferença. Mas faz... É o tempo, o evento, a ocasião diferente do resto do ano. Da realização do sonho. Real, truncada, ilusória, falsa, medíocre... mas do sonho, sim. Por isso o pierrot faz sentido com sua busca, sua música, sua risada e sua lágrima. Somos todos nós atrás daquela fantasia, daquela máscara, porque a fantasia que move o pierrot é justamente que o Carnaval seja felicidade e encontro, justamente a plenitude concentrada do que, no resto do ano, não se verifica assim. Ou que se verifica invertida. Sim. Não é somente o desejo de que o Carnaval, de alguma forma, inverta o mundo. É a constatação surda, humilhante, de que a sociedade dos homens e mulheres, fora do Carnaval, é que é a inversão do sonho de Carnaval do pierrot.
Que Carnaval foi mais cantado e estudado do que aquele do Rio de Janeiro? Uma legião infinita de sambistas fez a estrada de glória das escolas de samba, e a esta legião veio se juntar uma outra, a dos autores das marchinhas que encantaram a todos quantos fomos do rádio, ou talvez até ainda sejamos. Pois o sonho do pierrot é visível, de alguma forma, nos ensinamentos dos pesquisadores que se debruçaram sobre o Carnaval do Rio.
Roberto DaMatta, antropólogo muito famoso aí pelos anos setenta e oitenta, viu o Carnaval carioca, que ele chama várias vezes de brasileiro, como uma inversão. O primado do dia, do branco, do trabalho cede ao da noite, do negro, da orgia. Esse cronista de Niterói afirma tal inversão ao comparar o desfile carnavalesco com o do sete de setembro e com as procissões. Em resposta, Dona Maria Isaura Pereira de Queiroz vem descartar a inversão no Carnaval carioca. Diz que tudo se passa mais ou menos como nos outros dias do ano e dá o Carnaval como estratégia de domesticação das massas urbanas. Esta polarização será o pano de fundo contra o qual uma geração inteira de pensadores e pensadoras vai escrever sobre o Carnaval da Cidade Maravilhosa.
Renato Ortiz, escrevendo sobre o Carnaval de Salvador de 1980, mostra-se indeciso entre as duas orientações, tanto afirmando que tudo aí é extraordinário como acentuando a vigência da ordem. Interessante como todos estes autores mostram-se, com maior ou menor intensidade, maravilhados com o Carnaval.
Monique Augras ressalta a experiência da interação no âmbito das práticas estéticas. As pessoas dançam, cantam, divertem-se, criam juntas uma cultura de partilha e igualdade. Seus livros parecem realizar sua fantasia ao chegar, décadas atrás, à Praça Mauá, junto ao porto do Rio, quando viu pela primeira vez o Carnaval: participar, de alguma forma, daquilo tudo.
Raquel Soihet ressalta o poder subversivo da pândega, da galhofa, do riso. Ao lado da contribuição fundamental da população negra do Rio de Janeiro, sua pesquisa considera também as farras memoráveis dos imigrantes portugueses por ocasião das festas da Penha, até o início do século.
Sérgio Cabral lamenta a progressiva supremacia do carnavalesco (entendendo bem, trata-se do intelectual que escolhe o tema e/ou do técnico que dirige a montagem do visual da escola de samba) sobre o sambista, afirmando, contudo, que nem assim se arranha o brilho do "maior espetáculo do mundo". Às vezes, o texto do autor supõe o sonho da integração igualitária das duas bandas da cidade: a classe média com seus carros alegóricos e convidados importantes, o morro com seu samba. Coisa mesmo de pierrot...
Neste debate, desponta como especialmente intrigante Maria Laura Viveiros de Castro, afirmando que no momento mesmo do desfile se dá o acoplamento dessas bandas... a classe média da Zona Sul e a pobreza dos morros se encontram no evento, o desfile. E aí se consumaria o Rio de Janeiro.
Não podemos ver, em tudo isto, desdobramentos do sonho do pierrot no Carnaval carioca? E o que dizer do nosso caso?
Não há muito escrito sobre nosso Carnaval até o aparecimento dos Filhos de Gandhi. E olhe que tivemos uma sucessão fantástica de modelos de bloco carnavalesco, desde as sociedades que faziam o corso pela Avenida Sete - o Cruz Vermelha, o Fantoches da Euterpe, o Inocentes em Progresso - e seus contemporâneos, os Pândegos da África e a Embaixada Africana, passando por aqueles cordões testemunhados por Donald Pierson nos anos quarenta. Quem fala muito bem desta ousadia é Raphael Vieira Filho.
O que sonhava o pierrot, no Carnaval de antanho? A Embaixada Africana e os Pândegos da África queriam desfilar como as sociedades do corso, sem constrangimentos. Queriam ser iguais, por isso tinham que afrontar. Tinham que exacerbar sua fantasia de beleza e dignidade, para ser tão belos e dignos de aplauso quanto a aristocracia baiana sobre os carros alegóricos e pranchas. Isto, mais tarde, será seguido pelos Filhos de Gandhi. Os estivadores negros, falando de um personagem original, enrolados em lençóis cedidos pelas prostitutas da Ladeira do Julião, recorrendo às imagens de filmes de motivos orientalistas, de acordo com as anotações de Anísio Félix. Assim como os Filhos do Mar, com outros portuários, e os Filhos do Fogo, com os bombeiros.
É impressionante a mistura dos blocos que poderíamos chamar de embalo, ou seja, sem proposta temática identitária explícita, e os blocos que vinham com uma frase própria bem delineada. E o pierrot sai em todos eles. Em alguns momentos, é a fantasia de encontrar a colombina e a dor pungente de não ser correspondido, como o grande hino de Armando Sá: "Colombina, eu te amei, mas você não quis". O autor atinge seu estado de graça ao afirmar, mesmo assim: "Eu fui para você um pierrot feliz!". (Pois é, sempre dá um jeito de ser feliz, esse personagem do Carnaval do mundo todo).
Em outros momentos, a juventude de um bairro ergue o estandarte de um bloco caracterizado de forma provocante, propositiva, proeminente. É o caso dos blocos de índio. Assistindo a tantos filmes de farwest, uma turma do bairro do Garcia formou o Cacique do Garcia, influenciado pelo modelo do Cacique de Ramos, de um trecho da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. No que esses meninos foram seguidos pelos Apaches do Tororó, pelos Comanches, pelos Tupis, pelos Sioux, etc. O texto dos filmes de cowboy sobre os índios de lá muniu esta juventude dos bairros populares centrais de Salvador de um código fantástico para se apresentar no Carnaval, dando expressão à sua vontade de participar, de conquistar a cidade com os gritos e gestos vigorosos dos adversários dos brancos, tão temidos, com cavalos, lanças, rifles, machados... Vocês precisam ler o que disse sobre isto o Professor Godi. Ao mesmo tempo, nossas pobres escolas de samba (se comparadas às grandes sociedades cariocas) falavam do casamento de D. Pedro I, incluindo sambas ainda hoje presentes na memória dos antigos moradores desta parte da cidade, que certamente muito pouco tinham a ver com a união das casas de Bragança e Habsburgo.
O pierrot também saía nos blocos de classe média, com fantasias mais simples e menos emblemáticas, cantando o repertório do Carnaval carioca, que é o mesmo que dizer: o repertório do rádio. E sentia-se dividido ao ver a crescente antinomia entre os diferentes modelos carnavalescos vigentes em Salvador. Há quem diga que o pierrot teve o coração dilacerado em 1977, quando os Apaches e a polícia se desavieram em combate feroz, nas imediações da Praça Castro Alves. Era a briga pelo espaço público urbano, pelo direito de aparecer belo, admirável, poderoso.
Muita gente viu, prestou atenção e aprendeu as novidades. Moraes Moreira, Caetano Veloso, Gilberto Gil... O pierrot que já brincava na fobica de Dodô e Osmar, desde 1950, aprendeu o ritmo ijexá dos afoxés. E o sonho de juntar a cidade toda no mesmo Carnaval mais uma vez foi praticado. Claro que não sem tensões, porque o sonho do pierrot é danado - precisa se realizar em plena rua, em plena praça. Enquanto é só sonhado só, é só sonho, como disse Raul Seixas. Quando é sonhado junto, no meio da rua, é realidade (todos esses artistas malucos têm parte com o pierrot).
Os Internacionais, que só aceitavam homens mais claros, recusaram os jovens operários negros do Pólo Petroquímico recém-criado, que terminaram fundando o Ilê Aiyê na Liberdade, que por sua vez só admitiam pessoas de epiderme bem provida de melanina. Mas, com o tempo, os próprios Internacionais contrataram o Chiclete com Banana, cujo repertório já incluía peças de ijexá, além de alguns sambas com influência do bloco afro. De certa forma, o pierrot levou para cima do trio dos Internacionais o samba do Curuzu.
Então, os blocos afro vieram já naqueles anos. A partir do Carnaval de 1975, algumas entidades, como o Puxada Axé e o Olorum Babá Mi, se multiplicaram em vários blocos falando da África, dos cantores do reggae jamaicano, da independência dos jovens estados africanos. Já naquele tempo, o pierrot do bloco afro cantava: "Branco, se você soubesse o valor que o negro tem, tomava banho de piche, ficava preto também". O vocativo traduzindo o apelo ao reconhecimento. E todo mundo prestou atenção àquele pierrot negro, com cabaças, esteiras de palha, escudos de guerreiros africanos e um ritmo que, se descendia das antigas batucadas e escolas de samba, por outro lado já integrava elementos aportados pela mídia, como a métrica do reggae. Desse modelo, quem ficou até hoje foi o Ilê Aiyê. Quem sabe muito bem estas histórias é o grande cronista Antônio Risério.
Um problema sério da capital, que o pierrot observa, mas não pode resolver, é que aumenta a população, aumenta o número dos blocos, aumenta mais ainda o número de turistas... e as ruas conservam a mesma largura do início do século XX. E aí, no meio da rua, se encena dramaticamente o combate entre os diversos sujeitos do Carnaval. Os blocos de trio, de ingresso caro, em que a maioria dos integrantes tem pele clara e cabelo liso, aprendeu muita coisa dos blocos afro e afoxés. O repertório fala dos orixás, da Bahia como emblema da afro-descendência brasileira, da cidade da Bahia como sede do prazer e da convivência feliz - um paraíso tropical feliz. Disto o pierrot gosta, mas se desespera ao ver como os representantes destes blocos querem dominar tudo, monopolizando o espaço urbano e apropriando-se do chão público como de uma mercadoria. Há, inclusive, toda uma rede de concessões das marcas dos blocos e de vendas de sua segurança, na forma de abadás. Quem sabe contar como isto se vende é o pesquisador Roque Pinto.
Por outro lado, também os blocos afro aprenderam coisas do mundo dos blocos de trio. Modernizaram suas sedes, contrataram telefonistas chamando todo mundo de senhor, com internet, celular, propaganda de preservativo e tudo. Com o tempo, alguns desses blocos também passaram a se apresentar em hotéis de luxo, em que os ouvintes negros eram alguns turistas, os garçons e as garçonetes, além dos seguranças, que costumam ser negros em toda parte de Salvador. Esses contatos valeram aos artistas e dirigentes desses blocos uma porção de namoradas louras, todas elas muito entusiasmadas.
Apareceu a Timbalada, meio bloco de negro, meio bloco de índio, misturando os timbaus do Tororó, do Garcia e do Candeal. No entender de Ari Lima, já é outro modelo de bloco! É o tempo indo e voltando no tempo do Carnaval. A novidade trazendo os Apaches de volta, todo mundo pintado, gritando bem alto, com cabeleiras de bombril, parecendo o entrudo de Eneida, lembrando os cucumbis de Pierre Verger. Uma batucada moderna, essa Timbalada de Carlinhos Brown.
Aí está um caso que dá trabalho pra pensar em poucas palavras: o pierrot é romântico, afoito e empolgado. No Carnaval, ele não se conforma em namorar somente com as pessoas que estão ali, ou dentro daquele bloco, ou naquela parte da rua. Quer passar as cordas, quer circular pela avenida inteira. Quando está fora das cordas, quer entrar. Quando está dentro das cordas, de vez em quando quer sair, mesmo tendo pago pelo abadá... E quando sai nos Filhos de Gandhi, o pierrot fica junto das cordas, pegando tudo quanto é de gringa que aparece pedindo alfazema e colar...
Parece que o pierrot tem certo parentesco com os compositores que passam o ano todo correndo de um lado pro outro, vendendo músicas para os cantores dos blocos de trio e criando outras para os blocos afro. Os mesmos artistas! É o Carnaval da cidade, tenso e dividido, e ao mesmo tempo junto no coração, diariamente quebrado e recomposto, de quem faz música. Como é muito difícil fazer sucesso e como o sucesso dos artistas do Carnaval, inclusive desses meninos do pagode, costuma durar muito pouco, todos eles se lançam vigorosamente na corrida pelos aplausos e pelos reais. E os espíritos da cidade, ali neles, brigam e reconciliam-se o tempo todo nos repertórios e microfones empunhados por mãos de todas as cores. Quem me disse isto foi Ieda Balogh, estou passando adiante.
De que lado mesmo fica o pierrot quando o cortejo do trio acontece, tendo à sua volta uma pequena multidão de 500 a 4.000 foliões de pele clara e cabelo liso, uniformizados, levando à mão algum tipo de adereço, guardada da violência por uma legião de 300, 400 ou até 700 "seguranças", que a cada momento tem que empurrar as cordas contra a multidão para o bloco passar? Lembra-se o pierrot de que a corda do bloco vem pelo menos desde o início do século XX. Era para identificar o grupo. Talvez por isso se chamava esse grupo de cordão. Por exemplo, eram as meninas do cordão das costureiras, as Mulatinhas da Fuzarca. Depois, com o aumento da densidade demográfica no Carnaval, a corda já era uma garantia de proteção. Senão, os outros foliões que também estavam admirando o bloco entrariam, como gosta de fazer o pierrot, para ver as colombinas dali. E as famílias dessas colombinas delicadas não costuma gostar desses modos bruscos, imaginem só, todo mundo misturado brincando o Carnaval, parecendo até colégio público... Hoje, o pierrot fica chocado ao ver que a corda busca expandir o espaço do bloco, investindo contra o pessoal da pipoca.
Quando não sai em bloco algum, o pierrot vai à rua de qualquer jeito. É quando fica mais assanhado. Briga, bate, apanha, fica frustrado principalmente quando a colombina está dentro da corda, parecendo Julieta no castelo dos Capuleto. Ele pensa em passar o Carnaval na ilha, mas lá passaria o tempo todo ligado no Carnaval da Avenida Sete. Não adianta o ferry-boat, ele vê mesmo é o trio, quase do mesmo tamanho...
Enfim, o pierrot não se conforma com a divisão. Mas tampouco sabe propor alguma medida exeqüível para superar o conflito das cordas. Todo mundo junto, pulando sem cordas, como no tempo de ouro de Armandinho, Dodô e Osmar, como no tempo dos Novos Baianos? Mas era a Prefeitura ou o supermercado que pagava... Onde arranjariam dinheiro pra pagar tanto trio, meu Deus? O pierrot não sabe responder. Certa feita, numa reunião, alguém chegou a propor o Carnaval sem todos esses trios, alegando que a própria população da cidade do Salvador saberia produzir sua música. O pierrot ficou cabreiro... será mesmo? Aquela música do trio, aqueles cantores, aquelas cantoras, aquelas bandas... será que o pessoal passaria sem aquilo tudo? O pierrot, no fundo, gostaria que pudesse ser diferente, mas não sabe como.
De que lado ele está, então? Fora da corda? Dentro? Em cima do caminhão? Em que tipo de bloco? Tem uns que, dizem, são racistas... ele sabe, mas também gosta de ver passar, fica empolgado... será mesmo que são tão racistas assim? O pior é que são, mesmo... Tem bloco de branco que não quer preto, tem bloco de preto que não quer branco... Mas no Carnaval fica difícil compreender a política como nos outros dias do ano.
O sofrimento maior do pierrot, atualmente, é com a organização, porque tudo que ele antes mais gostava de fazer agora é chamado de desorganizado. Um cantor desses bem trajados, asseados, formados em faculdade, sugeriu empatar a passagem da Mudança do Garcia pela frente do palanque alegando que seus componentes seriam feios, alguns até faltando dentes na frente. Dizem também que os componentes da Mudança mostram coisas imorais às famílias das autoridades, de cima daquelas carroças emendadas, parecendo as palavras do Prof. Albergaria quando escreve sobre esses assuntos. Para o pierrot, ao contrário, as mudanças eram das coisas mais organizadas do Carnaval, porque todo mundo podia participar, sem confusão, sem corda, só com a risada e a lágrima. Claro, era indecente, mas era Carnaval, por isso também não era indecente. Perguntem ao Prof. Ordep, que entende muito de Carnaval também! Hoje, está mais difícil. Os pierrots vestidos de mulher estão também organizados, com corda, portaria, home page e tudo. Até o Rei Momo parece que andou fazendo regime, dizem que o médico foi que mandou, por causa do colesterol... O representante de uma associação de moradores muito conceituada chegou a afirmar outro dia, na televisão, que "Carnaval é uma coisa, esculhambação é outra".
Mas o pierrot continua sonhando e acha ótimo ver que muita gente está cansada dessa organização moderna. Não tenham dúvidas de que o pierrot é saudosista! E dá um jeito para que o Carnaval que passou esteja com o de agora, no metacortejo do sonho, e assim ele vem mesmo para a rua, novamente, porque o Carnaval do pierrot, acreditem, é o seu sonho de Carnaval. E um pouco mais. E sendo assim, é também muito mais do que um pouco mais, posto que é sonho, e sonho de pierrot.
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